Miniconto 40* - Pré-Campanha
- Gessica Borges
- Minicontos
- July 23, 2009
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Todo santo dia se lamentava. Por que as barras de apoio do ônibus eram tão altas? Afinal, parecia que todos ali abominavam um desodorante.
Todo santo dia se lamentava. Por que as barras de apoio do ônibus eram tão altas? Afinal, parecia que todos ali abominavam um desodorante.
À tinta, às pessoas insensatas e aos bêbados, permanecia. Dura como ferro, apesar de acabada. (coitada!) A beleza há tempos já não era a mesma: O rosto desbotado e humilhado, O tronco envergado pelo tempo E pelo vento? Ah, o tempo! Sempre tão inconstante e cruel De repente, escurecia e o céu e aí, haja força! O sopro furioso da Coisa Que balançava as estruturas (por isso a envergadura!) Por isso a descompostura. Já sem identidade, Borrada pela liberdade de expressão (mas e a educação?) Não existia. Só tinha a total falta de respeito Pela velha placa Fixada na avenida, esquecida pelos carros indo e vindo A tudo e a todos resistindo, Ironicamente implacável.
Read MorePedras abriam a torneira de lágrimas vermelhas da pequena condenada, encharcando sua burca. Foi a primeira - e última - vez que viu sangue.
Read MoreCompra-se: um coração sem dono, em boas ou más condições, tratar aqui.
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