Miniconto 62* - Destinatário fantasma
- Gessica Borges
- Minicontos
- January 11, 2010
Na caixinha cuidadosamente guardada, estavam os selos: todos os lugares e formas pelos quais passou a sua solidão.
Na caixinha cuidadosamente guardada, estavam os selos: todos os lugares e formas pelos quais passou a sua solidão.
Releu a última mensagem dela no whatsapp por dias e dias depois do enterro: “njasdgbnnnnnnnnnnnnjasda”.
Read MoreE quando a gente fica assim, como se diz? sentimental demais? Não, eu devo ser menos poética: e quando a gente fica assim..idiota? Sim sim … aqueles velhos sintomas: escutar a mesma música melódica por horas seguidas (que te faz chorar no refrão), tentar escrever algo que alivie o que você sente (na esperança de que alguém leia e sinta o mínimo de compaixão por você [ohh, que triste!]), ou só ficar de olhos fechados olhando pro escuro psicodélico.. forçando releases dos momentos mais marcantes da sua vida. E quando a gente fica assim …idiota? O que a gente faz?Esquecemos o conteúdo intelectual que temos e fazemos joguinhos com as palavras e dizemos nas entrelinhas o que (obviamente) só nós iremos entender? E quando a gente fica assim, idiota, pra quem a gente escreve, Idiota? Talvez eu tenha descoberto a utilidade de uma personalidade dupla: suportar a agonia, desesperança e ilusão de nós mesmos, nesses dias que a gente fica assim..idiota. Quem fica? Idiota! Você fica. Você quem? Eu? Quem de mim sou eu? Quem de mim sou eu AGORA? No final das contas, o diálogo entre eu e eu mesma não é apenas um monólogo? Sozinha … Nem o maior romancista do universo poderia considerar esse texto uma discussão filosófica. Até o mais ignorante dos seres identifica aqui, nessas linhas tortas e inelegíveis, o que é (foi e vai ser) a maior frustração humana. Afinal, quem não ama? Wergeland, Novalis e Goethe me entenderiam. Estou certa de que mais do que qualquer um dos meus “Eus”.
Read MoreTeve uma ideia para o miniconto n° 100, e foi alimentando-a com todo cuidado e carinho até TRRRRRIIIIIMMMMMMM!!!!!
Read More