Despedida

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A árvore começa o ritual de exalação O grilos tritinam Intercalando com os ratos no telhado Minha solidão dorme ao meu lado na cama É nossa última noite. Amanhã deixo ela. Deixo ela, o cobertor frio e a carta. Não volto nem com reza brava.

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Horizonte

Um dia, eis que acharei um canto para a dor, Há de haver um porto para tanto amor Que me traz você, assim…faceiro. Você, que me mata aos poucos de fervor e agonia Esgotando-me num suor frio e delirante Percorrendo meu corpo com essas mãos macias Braços sadios, pernas falantes. Esse sussurrar de poesias, Com um sorriso quente, que derrete a alma. Ah, um dia, hei de respirar essa sua calma Tão segura de si. Um dia, hei de te abraçar sem estremecer Hei de te olhar sem enrubescer Poderei falar, sem falhar, que te amei. Ah! Um dia, Emanciparei dessa fantasia.

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