Tricampeonato Corinthiano e (fim da) Era do Gelo

Se toda vez que eu sumir por uns dias aqui do blog, tiver que explicar o porquê, danou-se. Portanto é legal ressaltar que os motivos são sempre os mesmos: preguiça de escrever (que vergonha!), falta de criatividade para escrever algo com conteúdo ou muita falta de tempo para escrever algo com conteúdo. Algumas vezes, acontece de a web não funcionar, meu PC resolver desligar sozinho e só ligar três dias depois, eu me esquecer que tenho um blog, ou coisas do tipo… fazer o quê! Isso vai continuar acontecendo enquanto esta página aqui continuar no anonimato, servindo mais como válvula de escape do que qualquer outra coisa. Prontofalei. Corinthiana roxa que sou, não podia deixar de comentar (e deixar guardado aqui, pra futuras lembranças) a grande vitória do Timão ontem contra o – grande – Internacional. Tricampeão da Copa do Brasil!Apesar de todas as confusões, intrigas inerentes em final de campeonato, especulações sobre a saúde mental de alguns jogadores e mais, a final valeu a pena pra nós, “loucos por ti corinthians”. A torcida estava linda e o time entrosado ( falou a especialista!), o que de fato tornou a vitória muito mais saborosa. Me irrita um pouco a atenção voltada para a estrela Ronaldo, como se o André Santos, Dentinho, William e os outros jogadores não fossem parte integral da maravilhosa campanha que o Corinthians vem fazendo desde o final do ano passado. Certo, o Fenômeno não tem esse apelido à toa, é inegável o seu talento e contribuição para o time mas, será que não dá para distribuir o mérito justamente? Hmmm, talvez não. Ok, então bola pra frente rumo à Libertadores no ano de centenário do Timão. Piadinhas à parte, a Nação Corinthiana espera há um século esse título. Ok, um século não, pois a Libertadores só nasceu na década de 60. Como não poderia deixar de ser, preciso falar: É bom demais ser corinthiana, meu Deus!!! Mudando de assunto, só deixar cravado aqui também a minha pequena indignação com o filme Ice Age: Dawn od Dinosaurs (A Era do Gelo 3). É claro que os efeitos são muito bons, 3D tem tudo a ver com dinossauros (rugidas, posições ameaçadoras e todo aquele esquema feito pra gerar a sensação de que podemos ser engolidos a qualquer momento que, algumas vezes, realmente fez o coração pular um pouco), mas o roteiro foi enfraquecendo.O primeiro filme foi massa, o segundo foi bacaninha, o terceiro eu consegui dormir sem remorso na sala. (Foram só umas piscadinhas, suficientes pra perceber o quão chata a história estava). Somente uma cena é realmente engraçada, as piadas do bicho-preguiça Sid estão cada vez mais infantis e nordestinas (será que o próprio diretor brasileiro Carlos Saldanha que escreveu as falas?). Alguns dirão: “Tá, o filme é focado em crianças, você esperava piadas sexuais?”. Claro que não. Mas, no mínimo, um pouco mais inteligentes, e vale destacar que, a sala ontem tinha muito mais adultos do que crianças. O que salvou foi o novo personagem Buck, que arrancou algumas risadas com as caras e bocas que faz e também a “incrível jornada” do esquilo Scrat atrás da noz, apesar de começar a ficar saturada, a subaventura – dessa vez com uma pitada de romance - continua divertida. Pela experiência 3D, a obra vale a pena, mas pra quem está esperando rolar de rir no cinema, eu aconselho que assistam o novo Transformers, que – por vários motivos – está bem engraçado. Mas isso é papo pra outra impressão cinematográfica, que provavelmente só vai acontecer no próximo dia 16, quando eu já tiver saído da estréia de Harry Potter e Enigma do Príncipe (vício maldito :P)

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