Sou

Table of Contents

Resgatando mais um poema da poeira nos meus papéis … _ Nada mais que a importância Dessa insignificância Que recobre o meu ser Sou o não entender nada Disso que vive em mim Essa pele que reveste Este corpo que me assola Nessa mente que vigora No espírito que outrora Não foi de ninguém Esse rosto que abriga Esses olhos que envoltam Essa íris distorcida Dessa visão distinta Do nada que nunca foi Essas mãos desesperadas Nessa busca retratada Nesses versos sufocantes Essas voltas tão errantes Que descobrem-se amantes Da matéria esquisita: Eu. Sou o que fui, e o que serei Mas nunca o que já sou Nesse contrato vitalício Dessa mutante arte de redescobrir-me É que se encaixa a minha existência Essa sou. Escrito em 15/07/2008 ( 14:58pm)

Related Posts

Miniconto 28* - Exagero

Carente, um dia decidiu espancar um colega de classe e sair voando pela janela em seguida. Os pais finalmente descobriram seu gosto por quadrinhos.

Read More

Miniconto 36* - O Grande Camaleão

Era o mais camuflado ao muro acinzentado da grande avenida, e melhor: seus olhos verdes combinavam com o musgo, que dava um toque especial à moradia.

Read More

Miniconto 34* - Milagre

Na festa de São João, peões e patrões igualam-se em meio à diversão. Havia bebida suficiente pra que ninguém lembrasse disso no dia seguinte.

Read More