Miniconto 31* - Revolta

Ela não podia lamentar sua cegueira: todas as suas varizes, estrias e celulites não fizeram mais diferença. Agora ele estava na coleira.

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Na semana em que viuvou pôde realizar seu grande sonho: casar-se.

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Refluxo

No último dia, ele fumou um cigarro com a lentidão de um domingo. Era quarta-feira e ele estava pensando nela, em como o lado esquerdo dos seus lábios subiam quando ela falava, especialmente se o comentário era perspicaz. Depois do sorriso torto, ela tragava no estilo bonequinha de luxo, fazia uma careta adorável e cruzava as pernas distraída. Tudo muito excitante. Depois subia levemente com a cabeça, indicando que era a vez dele de falar e então estreitava os olhos enquanto escutava. Ele nunca soube se por causa da fumaça ou por causa do discurso, mas lembrar da cena deu vontade de fumar. O celular tocou e era o Dr. Rubens libertando-o do devaneio. Não era supersticioso, nem nada, mas soube antes de atender.

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Miniconto 85* - Masoquista

Juiz de si mesmo, depois de cada pulso mutilado, a sentença era a mesma: culpado.

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