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Miniconto 78* - Buquê eterno

Diariamente sentava-se ali, com as flores firmemente presas aos braços, esperando que qualquer mulher que se chamasse Luana Cervantes da Rocha pudesse aceitá-las.

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Um quase-melodrama sobre a amizade

Tantas pessoas já dedicaram tanto tempo de suas vidas tentando definir a amizade! Sim, isso é quase um lamento caros leitores, porque é muito, realmente muito complicado expressar em palavras, gestos, músicas, filmes, etc … a relação entre verdadeiros amigos. Não me isento desta condição de pensadora , eu mesma já escrevi poemas para quase todos os meus amigos. É claro, nenhum deles ficou realmente bom, digo até que esta série “Poemas para Amigos” foi a pior que já fiz. Porque, mesmo que usasse as palavras mais bonitas e descrevesse belamente os momentos íntimos que tive com cada um deles, nada seria suficiente pra tratá-los com tamanha grandeza da qual eu sempre fui tratada pelos que prezo. Lá vamos nós de novo, a caminho de mais um texto melodramático sobre a importância da amizade, a singular relação com uma pessoa que está do seu lado pra tudo e blá blá blá … Não vamos, não. Eu realmente ficaria horas por aqui se tivesse que falar desse assunto. Tantas águas claras e tantas tavernas, tantas fantasias e realizações e tantas outras privações eu passei, que nem mais sei o que dizer sobre isso. Isso. O ser amigo: fiéis, volúveis, rancorosos, ignorantes, amáveis, compreensivos, inteligíveis, misteriosos, instáveis e permanentes. Tenho todos eles. E sou muito (muito mesmo), grata por isso. Abaixo, três pensamentos sobre a amizade que eu postei no meu twitter no Dia do Amigo (20 de Julho, provável potência comercial nos próximos anos ¬¬) No meio da noite você lembra dele, sorri com isso e volta a dormir com uma inexplicável sensação de alívio pela sua existência. Provavelmente não vai poder te ajudar em porra nenhuma quando alguém próximo da sua família morrer, mas vai estar por ali. Óh. É claro que vai insistir pra dormir no colchão quando for pra sua casa. Puta psicologia inversa. E de manhã ainda pisa em você.

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Status Quo

Acaso me queira, segundas, às oito ou oito e quinze, estarei na estação. Entre a primeira e segunda porta do vagão da frente, onde o sol poetiza a periferia. Às terças, mais ou menos vinte e duas horas, vou atravessar o farol da Rua Padre Adelino com a Avenida Álvaro Ramos, guiada pela lua mutante, fixamente perdida em pensamentos não-ditos. Às quartas, treze ou treze e dez, cruzarei algum ponto entre a Japão e a Antônio Felício, conversando com duas, três ou quatro mulheres entre risos pré-gastronômicos, que num lapso de hora transformam-se em tristeza anafada. Quintas, às dezoito, meus pés apressados alcançarão a Avenida São Gabriel, contando vantagem de ligeirice entre os carros no trânsito, a caminho de alguém pago para me compreender. Às sextas não me encontro. Sábado, nem toco. Domingo, domingo.

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