Miniconto 125* - BOLOvolência
- Gessica Borges
- Minicontos
- October 4, 2012
Por mais justo que quisesse ser, a parte do bolo que cabia àquele amigo era sempre maior que dos outros.
Por mais justo que quisesse ser, a parte do bolo que cabia àquele amigo era sempre maior que dos outros.
Aqui onde A mulher preta tampa O rosto, a cor, a alma Com base branca Onde são quatro Os filhos da moça Dois descalços Dois sem touca Na cinza manhã fria O orelhão ainda é Uma ponte pra Bahia Aqui onde Sente como uma mocinha! Preto não sai da linha Que a senhora tricota Com o cerne entristecido Aqui onde O homem vende espetinho Alheio aos direitos dos bichos E dos humanos O chicote estrala na viela O soco cala a boca dela Eles invadem Sem mandado, sem sequela E eu sou livre Para cobiçar o pulo Da plataforma de ferro acobreado Aqui onde todo dia é 64 E nada está nos trilhos.
Read MoreA luz forte do celular brilha e eu sei que, mais uma vez, é você que vem clarear a minha soturna madrugada.
Read More