Miniconto 124* - Pranto

Os pingos correntes de água salgada faziam cócegas em seu rosto muitas vezes, e ela não achava nenhuma graça.

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Miniconto O - Bodas de Lata

Ostentava o objeto com a obsessão de um onipotente. Olga, ofendida, obliterava a obscuridade do marido.

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Estranho Lunático Fantástico

Um espírito sarcástico, um estranho lunático, um poema ático e o circo estava armado. venham, venham conferir : a menina que roubava e-mails do consumidor fantástico! Em sua busca incansável por novidade, a garota aproveitava toda e qualquer oportunidade. Do quê? De quê? De se dar bem em meio à insanidade. Já vinha com detector de criatividade embutido em sua mente, passava horas a fio procurando atentamente algum texto, foto e até som que fosse diferente. Um dia então, a menina o encontrou, numa ironia digna de Sócrates, a ousadia do homem a paralisou. O que podia, pobre menina, fazer para curar esse torpor? Oh, grande era da tecnologia! Num e-mail tímido e sucinto, sua admiração mostrou, e nas entrelinhas implorou: Dê a este ensejo mais sabor! E não é que funcionou? Uma resposta ela recebeu e seu queixo em espanto cedeu. Indelicadamente audacioso, o homem se mostrou tão jeitoso, que até deu medo, o que dizia exatamente aquele e-mail…espectadores, é segredo. Fato é que se sucedeu então nesse vai-e-vem de palavras, uma coisa que a menina nunca pensava: pôde perceber que a juventude em que estava, perdera o encanto. Onde foi parar o tempo do casamento santo, de vestido branco e de medo infanto-juvenil que a perna faz tremer? Oh, jovens espectadores, onde está o prazer em desconhecer? Mesmo triste com a conclusão, a menina só pode render-se então ao humor inescrupuloso do Sr. Falante, continuaria em sua busca, aventureira errante num mundo em que o até o mais chulo, e manjado (manjado?) dizer de pensamentos, era fascinante. ___ Eu conheci um cara, cheio de malícia carioca e experiência de vida (é o que parece), vi nele mais que um consumidor revoltado, (foi através de um e-mail rebelde à uma filiada da Semp Toshiba que eu o achei), eu vi nele um escritor/cronista/humorista muito talentoso. Então lhe enviei um e-mail com as minhas parabenizações, ele respondeu, e aí escrevi esse .. bom, sei lá o que é isso, só pra guardar esse capítulo da minha história em algum lugar …

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Reciclagem faz bem

Acabo de sair de minha apresentação de Iniciação Científica. Não sei bem se posso chamá-la assim, alguém faz estudo científico sobre microcontos? Fato é que é fato que a beleza está nos olhos de quem vê, então, orientada pela querida Prof° Sandra Trabucco levantei a bandeira da escrita minimalista dentro de mim mesma, pra conseguir passar aos outros a magia desse tipo de literatura. Não, esse post não uma releitura e nem um resumo do meu trabalho, pois como disse, é complicado falar muito sobre algo (visualmente) pequeno quanto um miniconto, a não ser com relação às suas vantagens, sua ligação com a linguagem publicitária em si e – numa perpespectiva um pouco mais “técnica” – sua relação com novas tecnologias de informação e comunicação, como este blog. Escrevo aqui, reflexiva e pessoalmente, sobre a percepção humana das coisas, e o desejo inabalável de descobrimento que temos, mas muitas vezes não usamos. Digo isto porque, há minutos estava eu numa sala rodeada por mais ou menos 30 pessoas, boquiaberta com a declaração de uma menina que dizia ser uma idéia genial se pudéssemos fazer piquiniques em museus, como assim? Dizia ela, eloqüente: “A brancura das paredes e a disposição higiênica das obras só nos dá a impressão (mesmo inconsciente) de que nunca poderemos chegar realmente perto daquilo, nunca faremos parte daquele universo, porque somos sujos, temos necessidades fisiológicas” (bom, foi mais ou menos isso). E aí paramos pra refletir sobre a conseqüência que uma cultura higiênica causa na relação das pessoas, entre elas próprias e todo o resto material físico que as envolve. Devaneio (loucura?) pura. Uma delícia. Coisa que todos deviam fazer regularmente, não exatamente sobre “museus parque”, mas sobre qualquer pergunta que nos fazemos e temos preguiça de achar uma resposta. O bacana de participar de um “Encontro de Iniciação Científica” é que, além da base que adquirimos sobre vários assuntos, ainda há a reflexão sobre o que você acredita e o que realmente aparenta ser – para seus companheiros de universo. Sei que nem todos tem a oportunidade de participar de encontros como este com outras pessoas ( aliás, isso acontece pelo menos duas vezes ao ano na Universidade Anhembi Morumbi, e é aberto ao público, as informações são divulgadas no site), mas é interessante fazer encontros assim com nós mesmos, sobre as nossas percepções. Reciclagem faz bem e custa barato! Pratiquem :D

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