Metamorfose

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Acordei domingo Flutuava, indo No reflexo solar da água cristalina Menina, eu, laranja listrada, pintada Sorrindo, pra quê? Pro nada, nada me fazia parar. Colorido mágico Como é linda a vida aí em cima vista do prisma aqui de baixo! Tá bom demais ser isso aqui, Eu Peixe-palhaço.

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Sou

Resgatando mais um poema da poeira nos meus papéis … _ Nada mais que a importância Dessa insignificância Que recobre o meu ser Sou o não entender nada Disso que vive em mim Essa pele que reveste Este corpo que me assola Nessa mente que vigora No espírito que outrora Não foi de ninguém Esse rosto que abriga Esses olhos que envoltam Essa íris distorcida Dessa visão distinta Do nada que nunca foi Essas mãos desesperadas Nessa busca retratada Nesses versos sufocantes Essas voltas tão errantes Que descobrem-se amantes Da matéria esquisita: Eu. Sou o que fui, e o que serei Mas nunca o que já sou Nesse contrato vitalício Dessa mutante arte de redescobrir-me É que se encaixa a minha existência Essa sou. Escrito em 15/07/2008 ( 14:58pm)

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Miniconto A - ASAr

Absurdamente azarado, assando asas de aves, asfixiou-se.

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[passagem]

Perdi o momento em que nós nos perdemos um do outro, deixando aquele gosto amargo da ausência de algo que, na verdade, nunca vivemos.

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