Horizonte

Um dia, eis que acharei um canto para a dor, Há de haver um porto para tanto amor Que me traz você, assim…faceiro. Você, que me mata aos poucos de fervor e agonia Esgotando-me num suor frio e delirante Percorrendo meu corpo com essas mãos macias Braços sadios, pernas falantes. Esse sussurrar de poesias, Com um sorriso quente, que derrete a alma. Ah, um dia, hei de respirar essa sua calma Tão segura de si. Um dia, hei de te abraçar sem estremecer Hei de te olhar sem enrubescer Poderei falar, sem falhar, que te amei. Ah! Um dia, Emanciparei dessa fantasia.

Related Posts

Miniconto 175* - Ciclo

Gravou um CD de músicas que compôs por sob a tristeza. Milhões ao redor do mundo ficaram mais felizes com isso.

Read More

Grande Mini-Dicionário da Dona Rute

Férias passadas montei com o meu sobrinho um plano maligno, que implicava em anotar todas as coisas bizarras que minha mãe (Dna Rute) fala, que fazem todos rirem loucamente. Não podia deixar isso se perder por aí, e acho que vale a pena compartilhar a primeira versão de um dicionário tão rico.

Read More

Diário de um golpe

Aqui onde A mulher preta tampa O rosto, a cor, a alma Com base branca Onde são quatro Os filhos da moça Dois descalços Dois sem touca Na cinza manhã fria O orelhão ainda é Uma ponte pra Bahia Aqui onde Sente como uma mocinha! Preto não sai da linha Que a senhora tricota Com o cerne entristecido Aqui onde O homem vende espetinho Alheio aos direitos dos bichos E dos humanos O chicote estrala na viela O soco cala a boca dela Eles invadem Sem mandado, sem sequela E eu sou livre Para cobiçar o pulo Da plataforma de ferro acobreado Aqui onde todo dia é 64 E nada está nos trilhos.

Read More