Descobrimento [2]
- Gessica Borges
- Adolescência , Amizade , Contos , Contos , Identidade
- February 2, 2009
**“Quem um dia irá dizer, que existe razão nas coisas feitas pelo coração? E quem irá dizer que não existe razão?”**Engraçado como funciona o começo de uma amizade. Chega sem pedir licença (como as borboletas quando se está amando) então vai tomando cada íntimo e cada filete de pensamento aleatório, então, quando você se dá conta, está torcendo pra aqueles seus amigos (mas já amigos?) estarem de bobeira sentados numa calçada à luz do crepúsculo. Assim aconteceu com ela. Enquanto vagava pelo caminho tão conhecido e comum, ela estava apenas ligeiramente consciente do lugar aonde ia. Seus pés moviam-se na direção a que estava acostumada a ir : aquela rua alegre e movimentada que era o endereço de sua mais próxima amiga. Diminuiu o passo subitamente : Pois é , nunca se sabe o que está na direção antes do derradeiro alcance do ponto. No momento em que se aproximava deles, seu coração se enchia de um sentimento que ela havia experimentado poucas vezes : uma delas aconteceu quando ela foi finalmente aceita como “colega de mesa” daquela menina branquinha e inteligente da 2º série. Não podendo ser diferente, juntou-se aos homens que estavam sentados na calçada em frente à casa que outrora era seu destino. Deu-se início então ao descobrimento, mais um. Um dos senhores, era sereno e quieto… escondido sob um sorriso tímido e inteligente, pensador. O outro era o seu problema, o seu grande ponto de interrogação, um estranho do qual ela – subliminarmente – preferia não conhecer: de um gênio extrovertido e irrequieto (ou achava ela que era assim), fazia ele as mesmas piadas e comentários de sempre – que nunca perdiam a graça – e falava do amor como sua maior dádiva, enquanto demonstrava o seu descontentamento com o casamento,bem… um estranho com certeza. Citava a liberdade de expressão, a fusão de pensamentos e sua total descrença para com a opinião da menina: - Como pode a mim desconhecer, se te falo com toda clareza sobre meu ser, meu querer .. se exponho em tamanha liberdade o meu saber, se canto com toda a minha alma límpida o que vive em mim? Ela, a garota, não tinha respostas para isto, sabia apenas que não sabia. Não via como descobrir quem realmente ele era, ou o que guardava por trás dos versos que inventava… não sentia seu íntimo apesar do gostoso conforto em que se encontrava em sua presença e não dispunha de nenhum recurso para sonda-lo, pois parecia que tudo na prisma daquele homem era o acaso, o momento, a instabilidade, senso assim: se conseguisse uma resposta para um de seus questionamentos, no dia seguinte a mesma não valeria mais. Naquele momento, enquanto a noite brilhava no céu quente de nuvens desenhadas, ela se conformou, desistindo de buscar o “eu” do estranho que lhe fazia bem, oras, ele lhe fazia bem, já não era bom? (…) Nem frustração, nem pesar e nem angústia tomaram a garota aquele dia, pelo contrário: um conhecimento tinha sido somado á sua vivência: o homem muda, a mente evolui e o corpo se altera, e isso não devia ser visto com olhos pessimistas, como mais uma prova de que nunca chegaremos à solução para os problemas humanitários, a procura pela resolução é tanta… que se esquece o que quer resolver. Suas buscas de respostas para as coisas mais simples, impediam-na de apreciá-las. Sim, leitores… o homem muda, a mente evolui e o corpo altera: isso é a valorização da alma! Então, quando o escuro estava lá em cima, no meio da noite, meia noite, a menina fez o que não conseguia fazer normalmente há dias: dormiu. _ Aos “Irmões” , esse texto que começa como uma reflexão sobre a amizade, passa pela reflexão sobre o comportamento do homem e termina na reflexão sobre a vida. Não há aqui, nada que alguém já não tenha pensado e escrito, mas isso não quer dizer que não vale a pena …
Apesar de todas as confusões, intrigas inerentes em final de campeonato, especulações sobre a saúde mental de alguns jogadores e mais, a final valeu a pena pra nós, “loucos por ti corinthians”. A torcida estava linda e o time entrosado ( falou a especialista!), o que de fato tornou a vitória muito mais saborosa. Me irrita um pouco a atenção voltada para a estrela Ronaldo, como se o André Santos, Dentinho, William e os outros jogadores não fossem parte integral da maravilhosa campanha que o Corinthians vem fazendo desde o final do ano passado. Certo, o Fenômeno não tem esse apelido à toa, é inegável o seu talento e contribuição para o time mas, será que não dá para distribuir o mérito justamente? Hmmm, talvez não. Ok, então bola pra frente rumo à Libertadores no ano de centenário do Timão. Piadinhas à parte, a Nação Corinthiana espera há um século esse título. Ok, um século não, pois a Libertadores só nasceu na década de 60. Como não poderia deixar de ser, preciso falar: É bom demais ser corinthiana, meu Deus!!! Mudando de assunto, só deixar cravado aqui também a minha pequena indignação com o filme Ice Age: Dawn od Dinosaurs (A Era do Gelo 3). É claro que os efeitos são muito bons, 3D tem tudo a ver com dinossauros (rugidas, posições ameaçadoras e todo aquele esquema feito pra gerar a sensação de que podemos ser engolidos a qualquer momento que, algumas vezes, realmente fez o coração pular um pouco), mas o roteiro foi enfraquecendo.
O primeiro filme foi massa, o segundo foi bacaninha, o terceiro eu consegui dormir sem remorso na sala. (Foram só umas piscadinhas, suficientes pra perceber o quão chata a história estava). Somente uma cena é realmente engraçada, as piadas do bicho-preguiça Sid estão cada vez mais infantis e nordestinas (será que o próprio diretor brasileiro Carlos Saldanha que escreveu as falas?). Alguns dirão: “Tá, o filme é focado em crianças, você esperava piadas sexuais?”. Claro que não. Mas, no mínimo, um pouco mais inteligentes, e vale destacar que, a sala ontem tinha muito mais adultos do que crianças. O que salvou foi o novo personagem Buck, que arrancou algumas risadas com as caras e bocas que faz e também a “incrível jornada” do esquilo Scrat atrás da noz, apesar de começar a ficar saturada, a subaventura – dessa vez com uma pitada de romance - continua divertida. Pela experiência 3D, a obra vale a pena, mas pra quem está esperando rolar de rir no cinema, eu aconselho que assistam o novo Transformers, que – por vários motivos – está bem engraçado. Mas isso é papo pra outra impressão cinematográfica, que provavelmente só vai acontecer no próximo dia 16, quando eu já tiver saído da estréia de