Poesia

Diário de um golpe

Aqui onde A mulher preta tampa O rosto, a cor, a alma Com base branca Onde são quatro Os filhos da moça Dois descalços Dois sem touca Na cinza manhã fria O orelhão ainda é Uma ponte pra Bahia Aqui onde Sente como uma mocinha! Preto não sai da linha Que a senhora tricota Com o cerne entristecido Aqui onde O homem vende espetinho Alheio aos direitos dos bichos E dos humanos O chicote estrala na viela O soco cala a boca dela Eles invadem Sem mandado, sem sequela E eu sou livre Para cobiçar o pulo Da plataforma de ferro acobreado Aqui onde todo dia é 64 E nada está nos trilhos.

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Ela, eu, e o parabéns.

Então ela vem De uma vez só Muita vezes Na rua, no quarto, enquanto olho para as paredes Ou amarro meu turbante Vem em forma de um cômodo vazio De um lembrança cheia Ou de um simples fumante Alheio a tudo. É súbita e aguda Como quando a gente bate o dedo mindinho num canto E são muitos cantos agora E a dor não cessa nunca Só se esconde entre risadas E volta escancarada Em lágrimas de saudade Um quarto de século de vida Três meses destituída “Filha, deus te abençoe, muitos anos de vida”. A dor vem Eu engulo o seco e respondo Para todo mundo Obrigada, gente.

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Supermercado

PROMOÇÃO DOIS POR UM POR TODOS NENHUM POR NÓS NÃO PENSE APENAS D………..A N………..C(K) E. (Experimentação poética com o conceito de móbile de Alexander Calder)

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a.c.r.o.s.t.i.c.o.

Aquela brincadeirinha de escola Clichês cruzados, rimas forçadas Resgatadas em nome próprio Ostraídas de juízo Sobra de literatura e/ou Ternura exaltada que não Imprime nada Cabe apenas de um jeito, sem inspirar O início, o fim e o meio

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O envelope

A vida Envelopada Na pressa Do que não é urgente Ou calada Num A4 Ou num ofício Re-voltados Rabiscados Em papéis Enrolados Que não dizem nada São árvores Regadas para morrer Não mãos De um destinotário.

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Volta

24

Os olhos dela estão arroxeados A gaze na boca reflete a morbidez do quarto de UTI Ela não responde, o pulmão muito menos Ao sair de lá, ajeito o meu black power recém-assumido no espelho, como se não tivesse morrendo por dentro24Mesmo ofegante eu entendo o que ela pede “Ai ai ai” “ Me dá..” O que, mãe? “Vida.”23O ano passa tão rápido que a minha memória não tem tempo de fotografar tudo Era o amor da minha vida ali atrás? Era um trabalho apenas para pagar as contas ali na frente? Era a cadeira de rodas dela emperrando ali no meio? Era eu em algum momento?22Ufa!Formada. A vida mais cada vez mais bagunçada Só conheço o significado de três palavras: Inércia Angústia Desespero Que esse 13 acabe logo Espero…21Último ano da faculdade Aí, no ano que vem… Mas esse ano, AVC. Ai. Traição. Ai. TCC. Ai. Subo no palco do auditório com o grupo para receber o prêmio pelo trabalho. De novo: orgulho de quem eu sou?20Eu trabalho para uma instituição que lucra 5 bi/ano enganando pessoas e acredito que o meu TCC mudará minha vida.19Alô? Oi, tia. Não, foi mais uma convulsão. Não sei, tia. Tô esperando o médico. Não, não vou trabalhar hoje. Sei lá… invento uma desculpa.18Eu choro descontroladamente ao ganhar a bolsa Publicidade. De graça. Caraca, isso vai mudar a minha vida. Ninguém da minha família entende o orgulho. o.v.e.l.h.a.n.e.g.r.a.17Adolescência, que merda.16Uma semana de namoro e, nossa, eu sou a garota mais feliz do mundo. Ele diz que é apaixonado pela minha melhor amiga. Dá pra morrer de amor? Foco no trabalho e resto só Deus sabe.15Ele é o cara mais inteligente que eu já conheci. Tô apaixonada. A gente conversa sobre nanotecnologia enquanto o sereno cai e eu viajo olhando as luzes do posto de gasolina. Como será beijar um cara? Começo a escutar rock n’ roll. A paraninfa da turma me entrega troféu de melhor aluna do curso e eu sei que aquele é o começo da minha carreira brilhante.14Passo pelo dedo pela lista e meu coração dispara porque não estou entre as Jéssicas. Ah, calma, são 3 letras pra cima. Gessica. Correia. Borges. Eu começo a chorar porque vou começar um curso que pode resultar no meu primeiro emprego e, quem sabe, orgulhar pra valer a minha família.13Álcool e outras drogas correm pelas veias do meu pai, mãe e irmão. Acho que o efeito é mais forte em mim do que neles.12Minha mãe não foi trabalhar hoje. Eu finjo que ela não está dormindo totalmente bêbada no quarto enquanto eu e meus amigos fazemos trabalho na sala. Minha madrinha passa uma química no meu cabelo pra ficar mais fácil de pentear. Eu sinto menos vergonha dele agora.11Primeiro dia na nova escola. Não tenho uma roupa nova pra ir. Na entrada, todo mundo olha estranho pra minha calça peluda e meu cabelo crespo com chiquinhas. Levanto a mão toda hora pra responder as perguntas da professora e, bingo, acharam a CDF da sala.10Na última reunião do ano, a professora diz que eu estou a frente dos colegas e jura que darei muito certo. Mamãe está bêbada e desvia o assunto.09Os dois não param de gritar. “Sua ordinária, filha da puta” ‘Seu vagabundo descarado” Eu tento gritar mais alto pedindo pra eles pararem. Ninguém me escuta nessa casa. Subo pra laje pra chorar sozinha.08Ela não conseguiu levantar pra ir à primeira reunião do ano na escola e eu encontro camisinhas na mala do meu pai, mas eles já não estão juntos há anos.07Uns caras vieram aqui no portão hoje cobrar os cheques sem fundo que meu irmão passou pra usar droga. Minha mãe me carrega pela mão pelas ruas do bairro, acho que está procurando ele, mas não entendo direito.07Primeiro mês da primeira série e a professora me transfere pra segunda série, porque eu acabo as tarefas muito rápido e durmo o resto da aula. Na sala, um menino branco me alopra todos os dias: pela minha idade, pela minha cor, pelo meu cabelo desgrenhado, pelos meus dentes tortos e orelha de abano. Ainda bem que eu achei um canto pra ficar sozinha às vezes. A escola não tem uniforme, mas eu tenho. É a única roupa nova do ano.06Fizeram uma festinha de aniversário pra mim. Na hora do parabéns eu escondo o rosto pra chorar porque tô com vergonha dos meus pais, que estão muito bêbados.05Ele me parou no corredor e me abraçou de um jeito estranho. Senti sua mão correr por uma parte que eu sabia que não era permitida e saí correndo. Nunca vou falar disso com ninguém.04Minha mãe tá me carregando pelo colo e andando apressado em direção à avenida escura. Acho que meu pai chegou louco em casa.03 02 01 044 anos? Grávida? Rute, Rute … você precisa parar de fumar. Essa menina já é um milagre.

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rompe-dura

Descobriu-se Amante do Eu Amarrada por Nós Despiu-se Do medo Refez-se Do zero A sós.

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Só lá se ♫

Se eu não tivesse Ou vives.se Sem.ter.tido Seu seio, A mim anexo Se.melhante Se.ria uma poesia Se.gregada Sem se.ntido Sem nem comigo Nem com nada.

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Sombridão

Contemplei-a por um bom tempo abaixo das luzes coloridas

Encabulada, mexia-se timidamente

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Coração Assombrado

Se em uma divagação

Vagar o meu coração

Para um lugar onde

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Mãos

Macias e quentes Descem e sobem Confabulam, apertam Enrolam-se Como serpentes ao som de uma flauta Provocam uma febre alta Ignoram a pauta Do que é moral ou certo Vão chegando mais perto Do objetivo incerto Que é o prazer. Enérgicas e diligentes Crescem e diminuem Escondem-se, surpreendem, diluem Como uma corrente d’água doce Que pelo corpo passeia Sem o menor pudor novelístico O propósito? Tornar real o místico. Sem emulações Negociações ou neuras Tocam o que quiserem E fazem em terra o milagre De viver nas estrelas.

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A Ruminante

Bocejo. Os olhos caídos, cansados Olhando pro nada, Prum pasto? Só pasto, nessa vida dura. Bocejo, Dói a mandíbula de tanto abrir a boca. Depois mastigo sei lá o quê, Com som de mnham mnham mnham. Bocejo. Mastigo. Desisto. Engulo. É mesmo, até pareço uma vaca.

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Estranhamento

Mais um delírio literário que volta no tempo, que tenta entender o que é esse tal negócio de “crescer”. Dizem que uma hora isso para, mas eu acho que vamos ter que crescer até quando já formos velhos, porque algumas coisas são eternamente incompreensíveis, até para a suposta maturidade.

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Denúncia

À tinta, às pessoas insensatas e aos bêbados, permanecia. Dura como ferro, apesar de acabada. (coitada!) A beleza há tempos já não era a mesma: O rosto desbotado e humilhado, O tronco envergado pelo tempo E pelo vento? Ah, o tempo! Sempre tão inconstante e cruel De repente, escurecia e o céu e aí, haja força! O sopro furioso da Coisa Que balançava as estruturas (por isso a envergadura!) Por isso a descompostura. Já sem identidade, Borrada pela liberdade de expressão (mas e a educação?) Não existia. Só tinha a total falta de respeito Pela velha placa Fixada na avenida, esquecida pelos carros indo e vindo A tudo e a todos resistindo, Ironicamente implacável.

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Você conhece o Profeta Gentileza?

Quase ninguém sabe, mas existiu um homem brasileiro que profetizava gentileza. E de graça! Não, não tem nada a ver com Inri Christi. ( ¬¬) Sim, ele provavelmente era maluco. Deixou de lado a administração de uma empresa de distribuição e, depois de ter ouvido uma “mensagem divina”, ajudou vítimas de um circo que pegou fogo em Niterói - RJ e saiu por aí falando de harmonia e amor.Vai entender! Conheci o cara numa música da Marisa Monte, “Gentileza” ( para ver no youtube, clique aqui), e quando percebi… já estava envolvida na história dele.

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O que realmente importa?

Apesar do título aparentemente “polêmico” o poema abaixo não trata de nada político, também não diria que social. Na verdade, não sei do que o poema abaixo se trata, já que foi escrito em 10 minutos numa sala de aula muito barulhenta. Eu tinha 16 anos e estava realmente entediada com a aula, aí peguei um papel qualquer e fui “telepatiando” o que vinha na cabeça. Saiu isso aí. ______ O que realmente importa? A beleza meio morta? Ela entra em sua porta? Ela chove na sua horta? O que realmente importa? A paixão incandescente? O que o seu coração sente? Quem você quer de presente? O que realmente importa? Você está apaixonado? Pela vida ou por um lado? Só o lado comentado … Quem te invade a porta? A beleza de não ser morta? A alegria mórbida? O conformismo importa? O que é ser belo? O cabelo? O camelo? Seu espelho te reconhece? Me confessa a sua prece! O pé feio Nariz no meio Da cara murcha Parece a Xuxa Cara de bruxa! A Keka A Cuca A Luka “To nem aí!” O que realmente importa? Você não me suporta? Eu passo na sua porta? Eu nasço na sua horta? Cara de cú Bunda de cara Torta na cara! A cara torta … O que realmente importa? O meu conceito? O seu direito? Você não gosta? Cianureto.

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Metamorfose

Acordei domingo Flutuava, indo No reflexo solar da água cristalina Menina, eu, laranja listrada, pintada Sorrindo, pra quê? Pro nada, nada me fazia parar. Colorido mágico Como é linda a vida aí em cima vista do prisma aqui de baixo! Tá bom demais ser isso aqui, Eu Peixe-palhaço.

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Sumida

Sei não. Uns diziam que havia piorado, mas do quê? De sua dor fingida? Acho que não! Desconfio até que a pobre era frígida. Sei não. Alguns cogitavam sua morte Será? Ora, que infortúnia sorte a da estranha menina! Mas, sei não. Só deve ter seguido a composição línea Que tecia sua vida esquina após esquina… Bar após bar Chão após chão Sei não. Só a vi saindo às escuras, já sem coração. __ Uma semaninha sumida daqui: trabalhos e provas e gripe, muita gripe. Mas estou voltando … voltando … :D

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:D

Um dia desses aí Desses tristes Sem fim Sem nada pra fazer Eu digitei no PC Dois pontos e D E o cursor sorriu pra mim. F

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Inédito

E nessa vida pirada Andei Chorei Sorri Mas nunca (nem de graça!) Eu morri.

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Sou

Resgatando mais um poema da poeira nos meus papéis … _ Nada mais que a importância Dessa insignificância Que recobre o meu ser Sou o não entender nada Disso que vive em mim Essa pele que reveste Este corpo que me assola Nessa mente que vigora No espírito que outrora Não foi de ninguém Esse rosto que abriga Esses olhos que envoltam Essa íris distorcida Dessa visão distinta Do nada que nunca foi Essas mãos desesperadas Nessa busca retratada Nesses versos sufocantes Essas voltas tão errantes Que descobrem-se amantes Da matéria esquisita: Eu. Sou o que fui, e o que serei Mas nunca o que já sou Nesse contrato vitalício Dessa mutante arte de redescobrir-me É que se encaixa a minha existência Essa sou. Escrito em 15/07/2008 ( 14:58pm)

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Lúgubre Grifo

O que te leva a insistir no que te angustia e de mim te priva? Diz-me, amada querida, o que te faz preferir morrer à deriva? Onde se esconde o desejo outrora tão encarnado? Ainda existe a beleza por trás do vaso quebrado, eu sei que existe. Sufocando a saudade no torpor do caminho. Esganando a verdade no coração sozinho. Onde arrumaste esta corda que só faz machucar, minha amada? O pouco tempo que tens só está a passar, e tu marcada. Cicatrizes não podem ser apagadas, mas pegadas podem se aliviar O sentimento não morre enquanto se quer lutar. O que te faz perder o que te faz amar? Como encontrar coragem onde o vazio está? Perdeu o jeito de se renovar, amor meu? Mais uma vez, tarde demais? Eu sou seu. Peço-te: não se engane e nem fuja menina. Acasos não determinam uma sina. Invalidez induzida na estrada comprida. Morte poética na métrica da vida. _________

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Enigma Esquecido

Uma palavra linda Uma palavra fácil Uma palavra simples, Porém quase irrealizável. Em três letras ela está, Em uma sílaba ela se forma E o mundo não consegue realizá-la. Numa pomba ela é simbolizada No branco ela é lembrada E o mundo não consegue realizá-la. Ela é pequena, porém essencial, Ela é grande, ela é forte!? E o mundo não consegue realizá-la. Temos a letra P Temos a letra A Temos a letra Z Mas, cadê você? Desde o início dos tempos você sumiu, E a partir daí, o mundo esqueceu de ti. __ Esse poema, eu escrevi no ano e mês em que “começou” a guerra entre EUA e Iraque, estava na 6º série e lembro que o assunto foi tema pra um bimestre inteiro de aula. Um saco na época. Ele é um Enigma Esquecido por dois motivos: primeiro porque ele não tinha nome, dei-o agora porque tinha até esquecido que ele existia, e segundo porque, sobre o que ele trata, muitos nem sequer têm guardado na lembrança.. Março/2003

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Jargão

Sentinela, na janela dos pensamentos. Qual será o seu talento? Sedento pelo momento de inspiração: ReNOVA - AÇÃO. Em vão. Isso está mais pra falta de percepção. Sermão? Não, jargão: 90% transpiração e 10% inspiração.

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Poema - Para o primeiro amor.

Não sei o que estou escrevendo Não sei nem mesmo o que estou dizendo Acho que estou dando um aperitivo ao meu coração Que está cada vez mais te querendo Ele grita te chamando E palpita o tempo inteiro Me sinto como uma agulha Perdida num estaleiro Pego o telefone e te ligo, sem te dizer meu nome. Procuro algo, um motivo Pra saciar minha fome. A fome não é de alimento A fome não tem sabor A fome que eu sinto agora, É a fome do teu amor. Você não sabe mais quem sou Só sabe que eu era a sua vizinha Queria tanto que você se lembrasse das mil e uma cartinhas Que eu jogava na sua garagem Todo dia de manhãzinha Nelas, frases de amor eu escrevia Na esperança de que você lesse um dia De que você conseguisse compreender A intensidade da minha agonia, De ter só um pouquinho de você. De sentir ao menos uma vez, Essa sua boca linda, Esperando, sempre, que um dia você abrisse os braços e dissesse: “Gé seja bem vinda! … seja bem vinda ao meu coração, À vitória da sua paixão!” Quem acredita sempre alcança Quem acredita nunca cansa, nunca desiste, Porque o amor (Fernando) é a melhor coisa que existe! ___ Poema feito para o meu “1° amor " que durou uns 3 anos ( absurdo!) , eu tinha apenas uns 6/7 anos quando me dei conta que minhas pernas não me obedeciam quando eu o via ¬¬ O desfecho desse caso foi …. bem, só de eu ter escrito o poema quando já estava com 11 anos .. isso diz tudo. O Amor é triste. Pois é, pois é. P.S.: Medo da meu próprio sentimento o.O , isso é possível sendo tão pequena ? Eu ein ! :P

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